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Como tudo começou...

A paixão pelo automobilismo é algo que na família Felisberto já vem de berço. O Pai, Jorge Avelino Felisberto, nunca teve condição financeira de participar de qualquer tipo de evento automobilístico. No entanto, em uma época em que os ídolos da grande maioria dos brasileiros eram Pelé, Garrincha, Didi e um pouco mais tarde, Zico, Roberto Dinamite, Falcão e outros grandes jogadores de futebol, este homem, Jorge Avelino Felisberto, um humilde pescador do interior de Laguna, dedicava suas manhãs de domingo ao seu ídolo maior: Emerson Fittipaldi. E assim os filhos Jorge Luís Felisberto e Jeferson Felisberto cresceram, sem se quer saber se o seu pai tinha preferência por este ou aquele time de futebol, mas desde àquela época, ainda meninos, já compartilhavam com seu pai a paixão pelo automobilismo.

Em 1983, uma fatalidade! A morte do Pai com apenas 39 anos, abala profundamente a família dos então meninos Jorge (12 anos) e Jeferson (6 anos). A partir daquele momento as coisas ficaram um pouco mais difíceis, e os sonhos tiveram que ser deixados de lado, adormecidos por 15 longos anos...

O ano agora é 1997. Começa em Joinville a febre do "Kart Indoor", Jorge, já com 27 anos e morando em Joinville desde 1988, começa a participar de algumas competições (confraternizações) de Kart Indoor. Inicialmente no Shopping Muller e um pouco mais tarde no shopping Cidade das Flores. A identificação com o esporte era total. Porém, a brincadeira que era cara demais (este é o mal do automobilismo, e o Kart não é exceção) e outras coisas que sempre são prioridades na vida de um jovem em início de carreira e com uma família recém formada, acabaram relegando a segundo plano a realização deste sonho.

Mais 3 anos se passaram, estamos agora em Junho de 2000. Novamente incentivado por amigos e pelo seu irmão Jeferson, os dois (Jorge e Jeferson) começaram a participar de algumas confraternizações que tinham como ponto alto o último piso do Shopping Cidade das Flores em Joinville, a pista de Kart Indoor. As brincadeiras não eram muito freqüentes, mas mantinham viva dentro destes dois irmãos a principal herança deixada pelo pai, a paixão pela velocidade.

Em Dezembro de 2001 é tomada a decisão: Formar uma equipe para participar em Abril de 2002 da 4ª edição da Copa Noturna TVCom de Kart, no Kartódromo Internacional de Joinville. Até o dia da prova foram apenas um ou dois treinos para o reconhecimento da pista. Surge naquele momento a certeza de que a obtenção de patrocínio seria algo fundamental para viabilizar a participação naquela  prova. O apoio do 1º patrocinador (a Marsh) veio quase que no último instante, o que acabou pondo à prova, pela 1ª vez, o espírito de equipe destes dois irmãos, pois havia recursos para que apenas um deles participasse da prova. Juntos, decidiram que Jorge seria o piloto enquanto Jeferson faria o papel de chefe de equipe.
Foi um longo final de semana, que teve inicio ainda na noite de 6ª feira (19 de Abril de 2002). A escolha do kart (que seria alugado junto ao Kartódromo), a preparação do melhor conjunto possível (chassi, Motor e pneus), a utilização de cada minuto disponível para treino na manhã e na tarde de sábado (que acabou rendendo ao Jorge uma lesão na costela). Mas era a realização de um sonho e cada gota de suor valia a pena, pois todo esforço e sacrifício daquele final de semana tinham um significado maior para estes dois irmãos.
O resultado? 4ª lugar na categoria Sprint B, correndo pela 1ª vez embaixo de chuva e com pneus para pista seca (não foi permitido aos pilotos desta categoria - Sprint B - a troca de pneus).



2002 - Ir Além... 
Em maio de 2002, lá estavam os dois irmãos, participando pela 2ª vez de uma competição oficial de Kart (prova válida pela Copa Citadino e Copa Litoral de Kart).
Novamente competindo na categoria Sprint B, só que desta vez ambos pilotando um kart (Jorge c/ o Kart 20 e Jeferson com o Kart 01). Nasce, naquele dia, a equipe JF Racing Team (uma homenagem ao pai, Jorge Avelino Felisberto). E com o resultado da prova (3º e 5º lugar - Jorge e Jeferson respectivamente), nasce também a certeza de que a equipe recém formada poderia buscar desafios ainda maiores: Participar da Categoria Sprint A (a elite do Kart 6,5 hp preparado).
Começa então a procura por patrocinadores que estivessem dispostos a dar o suporte financeiro necessário para que a equipe JF Racing Team pudesse efetivamente ingressar na categoria Sprint A (aquisição de chassis, motores, aluguel de box, contratação de um bom preparador etc...).
Passaram-se dois meses até que tudo fosse acertado. A obtenção de patrocínio, a compra dos equipamentos, a preparação dos motores, a contratação de um bom preparador, tudo estava pronto, faltava apenas a adaptação a esta nova categoria (muito mais competitiva que a anterior).
Chega a hora do teste: participar pela 1ª vez de uma prova da categoria Sprint A. Com ele, a 1ª grande frustração: uma falha mecânica no Kart 222 (alimentação de combustível) deixa o Jorge fora da competição já na 1ª bateria. E um total desequilíbrio no Kart 111, deixa o Jeferson em uma condição pouco competitiva (desequilíbrio este, que mais tarde descobrimos estar relacionada com a distribuição do lastro no kart). Mas tudo bem, o kartismo, assim como o automobilismo, têm dessas coisas. Ao final da competição ambos já pensavam na próxima prova: A Famosa 3 horas em circuito oval!
Mais uma vez a limitação de recursos define que a equipe poderá participar da prova com apenas um Kart: o 222 pilotado pelo Jorge,  que teve como parceiro para esta prova o piloto da categoria 125 cc, Virgílio Cesar Romeiro Alves.
Chega o dia da prova, 24 de agosto de 2002, dia que ficaria marcado na história desta equipe, e principalmente na história de Jorge. Um vazamento de combustível tirou da prova de maneira precoce (pouco menos de uma hora de prova), o piloto Virgílio, que sofreu queimadura química em parte da mão esquerda. Não bastasse este imprevisto que forçaria o Jorge a pilotar por mais de 2 horas seguidas, a correção do problema custou à equipe, cerca de 20 voltas. Um prejuízo aparentemente irrecuperável. Mas só aparentemente, porque a determinação deste apaixonado pelo esporte fizeram com que Jorge superasse o cansaço, a dor e o desequilíbrio do Kart (que a partir de certo momento estava seriamente danificado), e conseguisse levar o Kart 222 ao 3º lugar, tendo recuperado durante os mais de 120 minutos de pilotagem, 8 das 20 voltas perdidas no box.



2003 – A consolidação...
Em Janeiro de 2003, a equipe estava pronta para encarar a temporada em condições de igualdade com os demais competidores. Com a obtenção de novos patrocínios e a reestruturação da equipe técnica com a contratação de novos preparadores de chassi e motor, Jorge e Jeferson estavam prontos para brigar pelo campeonato Catarinense de kart competindo pela categoria F200 Pro.
Logo na primeira prova do ano a equipe mostrou ao que veio. Jorge cravou a pole position e melhor volta da 1ª bateria, mas por ter se envolvido num controverso acidente acabou sendo penalizado e largando em último na 2ª bateria. Daí em diante a prova foi pura diversão. Mesmo largando em último, Jorge consegui concluir a 2ª bateria em 2º lugar. O que lhe garantiu a 4ª colocação na classificação geral, nada mal para quem havia sido penalizado na 1ª bateria.
E os resultados continuaram vindo. Uma vitória arrasadora na prova de Rio Negrinho-SC, com Jorge em 1º lugar e Jeferson em 2º (sendo que este também fez a pole e a melhor volta da prova), e a constante presença no pódio durante toda a temporada, garantiram para Jorge Felisberto o Vice-Campeonato naquela temporada. Jeferson, que acabou ficando afastado de algumas provas devido a uma costela quebrada, terminou a temporada em 6º lugar.



E a história continua.....